Integrando a programação do
Festival do Rio, no dia 27 de setembro o diretor Jorge Furtado falou um pouco
sobre seu trabalho como diretor, sobre cinema e TV.
Nascido em Porto Alegre , Furtado
abandonou a faculdade de medicina para dedicar-se à arte cinematográfica. Para
ele, o cinema é uma linguagem que não necessita de pré-requisitos para ser
compreendida, pois os códigos da imagem possuem uma leitura universal.
O diretor falou ainda dos limites
do cinema e da linguagem audiovisual: a forma – retangular, a duração, o custo
e o trabalho de equipe. Ele critica diretores que colocam nos crédito de suas
produções “um filme de”, pois o filme é uma produção coletiva, existem muitas
pessoas envolvidas na sua produção e execução.
Como diretor de produções audiovisuais para TV e cinema, Furtado comentou que a
diferença entre as duas linguagens não está no modo como são produzidas, mas na
forma como são assistidas: ver filme no cinema é uma ação coletiva e possui uma
tensão e atenção diferenciada de quando se assiste TV e cita uma fala
irreverente de Louis Buñuel defendendo que “o filme deve respeitar a
inteligência e a bexiga do espectador”. De forma breve, foram apresentados os
elementos da linguagem cinematográfica: personagem, cenário, enquadramento,
luz, duração, movimento, som, falas, ação dramática, plano e corte. Ele ainda
insere um décimo segundo elemento que seria o parafilme, ou seja, qualquer tipo
de informação prévia que o espectador tem sobre o filme.
Jorge Furtado. Foto: Conrado Krivochein
Jamila Guimarães
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