Um dos temas abordados no FORCINE- ENCONTRO DO FÓRUM BRASILEIRO DE ENSINO DE CINEMA E AUDIOVISUAL-PUC(RIO) foi “Construindo a Área de Pós Graduação em Cinema e Audiovisual: Acadêmico e Profissional”, em que se discutiu as intensas transformações na relação do cinema com a tecnologia, e as mudanças desencadeadas nos receptores, assim como na dinâmica dos espaços.
Segundo o prof. Luís Leite (UFF) esse processo afetou o espectador, que antes não sofria nenhuma intervenção física, mas que passa agora a ser bombardeado por um movimento de imagem e som. O filme, antes projetado nas telas de cinema, sai das grandes salas e ganha novos espaços como as paredes de metrô e ônibus.
Tais espaços levam a uma valorização da integração de imagens com uma variedade cotidiana de imagens e telas, proporcionando uma diversidade de situações e encontros em movimentos, uma reprodutividade em grande escala, uma personalização e customização do projeto audiovisual.
Essa intervenção no aspecto da interatividade alterou a mídia imóvel, implicando na popularização das fitas VHS, DVDs, tornando o que era inacessível no cinema, banal e descartável, como podemos comprovar, na fotografia digital (“nunca se tirou tanta fotografia, que ninguém vai ver”).
Paralelo a essa depreciação valorativa do filme, vem uma alteração do consumo, exigindo uma nova consciência à Plataforma Lattes, que perpassa as questões da pós-graduação, e abarca a pesquisa, a crítica e a estética.
Renata